A História e a Tradição do Cavalo Crioulo
Equinos | Guia de Raças | 12 de abril de 2016O Cavalo Crioulo é descendente de equinos originários da Península Ibérica, como as raças Andaluz e Rocine. Eles foram trazidos logo na segunda viagem de Cristóvão Colombo às Américas, especificamente à ilha de Santo Domingo. Era o ano de 1493 quando os navios partiram da Espanha, e, segundo relatam as cartas da coroa espanhola, essas embarcações levavam uma tropa em torno de 30 ginetes. Esses animais deram origem, séculos depois, ao Cavalo Crioulo.
A tradição histórica
Já na América, principalmente nas regiões da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Brasil (região sul), uma parte dos animais passou a viver livre e em bando. Os cavalos passaram séculos enfrentando um clima adverso, em condições selvagens, com temperatura extrema e alimentação adversa. Isso fez com que criassem a resistência e rusticidade que é apresentada hoje pela raça.
Foi no século XIX que muitos fazendeiros e criadores do sul passaram a notar a qualidade de tais cavalos. Sua aparência e porte físico, além da elegância e força, chamaram a atenção desses homens, que decidiram preservar a raça.
No século XX, o Cavalo Crioulo, já com suas características próprias, ganhou notoriedade e passou a ser admirado. Foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), em 1932. Sua missão era preservar a espécie e difundi-la por todo o país.
Nessa época o animal já tinha reconhecimento mundial, e as várias associações que surgiram permitiram o melhoramento genético e o sucesso em provas esportivas. Os cavalos possuem algumas diferenças devido aos fatores geográficos onde viveram. Por exemplo, na Colômbia e na Venezuela, a temperatura alta e as condições alimentares alteram a estatura e a aparência do Cavalo Crioulo. Em outros países, como nos EUA e no México, a raça praticamente inexiste, devido aos múltiplos cruzamentos com outras raças e às batalhas militares.
O sucesso do Cavalo Crioulo ao longo do tempo é provado pelas cifras. Segundo um levantamento realizado pela ABCCC, em 1990 as negociações com a raça geraram um lucro de 10 milhões de reais. Já em 2010, apenas 20 anos depois, o lucro subiu para 100 milhões de reais. O valor médio de um animal está entre 15 mil e 40 mil reais.
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