Seleção de animais para engorda em confinamento será discutida durante a 6ª Interconf

Confinamento | 28 de agosto de 2013

Goiânia (GO) sediará de 9 a 12 de setembro a 6ª Conferência Internacional de Confinadores (Interconf). Ao todo, sete minicursos serão realizados, simultaneamente, no primeiro dia do evento, entre eles, um sobre critérios na seleção de animais para engorda em confinamento. O tema será abordado pelo superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o zootecnista Luiz Antônio Josahkian, especialista em produção de ruminantes.

Josahkian destacará o uso racional e combinado da nutrição e da genética na produção bovina, dois fatores, que segundo ele, merecem amplo estudo e exploração em toda a sua potencialidade.

“Essa ineficiência na combinação destes dois fatores se torna mais acentuada à medida que o sistema de produção vai se tornando mais tecnificado. Confinamentos são exemplos clássicos. Se considerarmos que a nutrição representa 80% do custo de produção em um confinamento, não faz sentido utilizá-la com animais de baixo potencial genético”, afirma Josahkian.

 O zootecnista também revela que, de fato, cada animal apresenta uma singular conformação genética e é ela que determina seus potenciais de crescimento e acabamento, características fundamentais para o sucesso de um sistema intensivo de produção de carne.

 Josahkian destacará o uso racional e combinado da nutrição e da genética na produção bovina

“Existem informações no mercado que qualificam a genética aditiva em várias raças? E porque não incorporá-las como critério de seleção na escolha dos animais que serão confinados?”, questiona ele. De acordo com Josahkian, há uma tendência em se utilizar a heterose como único benefício possível de ser explorado nos confinamentos e isso geralmente feito usando animais cruzados.

Por exemplo, em animais a ser confinados que resultam de dois indivíduos de raças distintas sem valor genético conhecido, haverá o ganho extra pela heterose. Mas se o mesmo produto resulta de dois indivíduos com alto valor genético aditivo, além da heterose, o produtor poderá usufruir também de todo o melhoramento acumulado nas raças envolvidas no cruzamento.

 Segundo o especialista, a contribuição dele no ciclo de minicursos da conferência será destacar dois aspectos nas discussões sobre escolha de animais para confinamento: “o primeiro, tratar da seleção aplicada às raças puras com foco nas características de interesse imediato do confinador e; segundo, discutir as vantagens do uso de animais geneticamente mais uniformes em sistemas intensivos de produção”.

Fonte: Revista Safra

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