COMO PLANEJAR A ESTAÇÃO DE MONTA?
Reprodução | 18 de outubro de 2018Na atividade pecuária de cria em rebanhos de gado corte, a fertilidade das matrizes é o componente de impacto econômico mais importante para o sucesso da produção. Desta forma, a pressão de seleção baseado em índices como Intervalo entre partos, Taxa de concepção no primeiro serviço, peso à puberdade, define o tempo de exposição das matrizes à reprodução ou a duração da Estação de Monta (EM).
A estação de monta é uma ferramenta Zootécnica utilizada com objetivo de fornecer condições especiais de alimentação e manejo para as matrizes expostas a reprodução. Essas condições, juntamente com a genética do rebanho irão definir o sucesso dessa fase.
Nos países de clima tropical, como o Brasil, a estação de monta é definida pela época de maior produção e/ou acúmulo de massa de forragem nas pastagens, que coincide com o período do verão chuvoso ou época das águas. Nesse período, caracterizado por maior oferta e qualidade do pasto, os animais estão em melhores condições corporais e reprodutivas, o que favorece para o aumento nas taxas concepção. A estação de monta pode ser adiada em casos onde ocorram atrasos nas chuvas. Na região central do País, o indicado é que a atividade aconteça entre o começo de novembro até o final do mês de janeiro, com objetivo de não expor as matrizes prenhas à época de restrição alimentar (seca) durante o terço médio da gestação, pensando em obter bezerros com maior capacidade de ganho de peso e consequente peso à desmama.
Um dos pontos positivos da técnica (EM) é que ela permite que os profissionais possam selecionar e escolher, entre os animais, os machos e as fêmeas que irão permanecer no rebanho (seleção por capacidade reprodutiva). A prática conta com diversas outras vantagens, como programação de utilização da mão-de-obra, obtenção de lotes de bezerros mais homogêneos e conhecimento da eficiência reprodutiva do plantel. Isso permite o estabelecimento de metas para alguns índices Zootécnicos considerados importantes como os propostos por Oliveira et al. (2006) na Tabela 1 e, mensuração da eficiência do rebanho tendo como parâmetro às metas pré-determinadas por cada propriedade.
Em propriedades onde a técnica não é ainda aplicada a estação de monta deve ser implantada inicialmente com no máximo 180 dias e, diminuir anualmente 30 dias, desde que o índice de fertilidade se mantenha, até atingir 90 a 75 dias. Esse cuidado e aumento gradativo na pressão de seleção é importante para que não haja uma alta taxa de descarte de animais reprodutivamente saudáveis no primeiro ano em consequência da falta de adaptação do rebanho ao novo manejo. É aconselhável que se faça o diagnóstico de gestação durante a EM, para separar as vacas gestantes e remanejar os touros para outros lotes de vacas.
Tabela 1. Metas para índices zootécnicos para um rebanho de cria | |
Índices | Meta |
Natalidade | ≥90 |
Mortalidade até à desmama | 2% |
Taxa de desmama | 88% |
Mortalidade pós-desmama | 1% |
Idade à 1º cria | 1,7 a 2,6 anos |
Intervalos entre partos | 12 meses |
Taxa de descarte de matrizes | 15 a 20% |
Fonte: Proposto por Oliveira et al. (2006) |
Nas propriedades onde são utilizados touros na reprodução, deve-se fazer nestes animais um exame andrológico detalhado três meses antes do início da estação. Procedendo desta forma, teremos um perfil clínico do touro o que vai determinar a “taxa de entouramento”, ou seja, o nº de vacas por touro. Esse procedimento auxilia, inclusive, no momento de identificar os machos que são subférteis ou inférteis (aqueles que não têm condições para a reprodução) que serão identificados, substituídos e descartados. Os férteis são separados das vacas, e só voltam ao acasalamento na próxima estação.
O manejo nutricional pré-estação de monta é um dos fatores que determinam a eficiência no período reprodutivo, sendo que, a ingestão de nutrientes na quantidade correta que determinará a reserva corporal que irá ser responsável pela regulação da função ovariana em vacas pós-parto. Além disso, o crescimento de folículos após o parto é influenciado pela ingestão de energia e estímulos hormonais. A reduzida ingestão de energia por vacas de corte no período pós-parto reduz o tamanho de folículos dominantes e o número de folículos grandes e aumenta a persistência de pequenos folículos subordinados.
A Real H possui a mais eficiente tecnologia em nutrição para reprodução de bovinos, na linha de suplementos MAX e PLUS, onde existem produtos com diferenciais como o UREMAX 150 (uréia extrusada de lenta liberação) e medicamentos homeopáticos que, além de promover melhor conversão alimentar, diminuição de stress e aumento de imunidade (Convert H), estimulam o aumento do tamanho dos folículos, da irrigação sanguínea no corpo lúteo e de cios férteis (Pró-Cio), promovendo também redução nos índices de morte embrionária (Embrioplus). Esses medicamentos homeopáticos podem ser incorporados aos produtos da linha nutrição promovendo assim maior taxa de prenhes e taxa de natalidade, passando a ser uma opção de melhor custo benéfico para a reprodução dos rebanhos de gado de corte.
Nesse cenário, onde a estação de monta é uma ferramenta que se determina o momento e a duração mais adequada para a realização da reprodução, e nele, fornecer condições especiais de alimentação e manejo para as matrizes. A indicação de um plano nutricional com suplementos equilibrados e que possuam medicamentos homeopáticos que os diferenciam pelos seus resultados positivos, passa a ser uma estratégia de aumento na eficiência reprodutiva dos rebanhos de gado de corte.
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