Confinamento – importante ferramenta para incremento do sistema produtivo

Confinamento | 26 de junho de 2012

Atualmente o Brasil ocupa a segunda posição mundial na produção de carne bovina e primeira em exportações, exportando em 2010, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a quantidade de 3,86 milhões de toneladas de carne in natura. Desta forma, com a escalada da participação do Brasil nos mercados internacionais, inclusive os mais exigentes, faz-se necessária a maior atenção quanto a qualidade e sustentabilidade dos sistemas que geram o produto final, sendo a qualidade de carcaça um ponto importante a se considerar.

Conferir bom acabamento de carcaça a animais em pastagens na fase de terminação é oneroso, uma vez que as gramíneas tropicais, na maioria dos casos, não atendem as exigências para tal, sendo necessário adotar outras estratégias como o Semiconfinamento e o Confinamento.

O confinamento é uma ferramenta importante para a atividade pecuária, pois aumenta a taxa de lotação da fazenda pelo melhor aproveitamento das áreas de pastagens por outras categorias animais, além disso, diminui o tempo para o abate, gerando carcaças de melhor qualidade e reduzindo a ociosidade dos frigoríficos em determinadas épocas (Lopes & Magalhães, 2005).

Em geral, os confinamentos se dividem em dois sistemas:

Especulativo: Decisão baseada nas condições de mercado, sendo a engorda de animais confinados um investimento calculado com base no retorno, ou na decisão vulnerável às oscilações de custos (custo do boi magro, preço dos grãos entre outros).

Estratégico: Decisão não influenciada apenas pelos custos de produção e rentabilidade; faz parte do manejo da fazenda. É uma etapa seguinte às etapas de Cria e Recria que permite assim, sua repetição todos os anos.  Há uma necessidade de confinar parte dos animais durante a seca para que o sistema de produção a pasto seja mantida ao longo do ano. Além disso, o custo do boi magro é menor (produção própria).

No Brasil, vemos um avanço dos confinamentos estratégicos (Figura 1) sobre o especulativo, o que demonstra que o pecuarista esta intensificando seu manejo em busca de melhorias na produtividade e aumento de sua rentabilidade, não vendo mais o confinamento como um sistema especulativo apenas para ganhar dinheiro na entressafra, mas também para otimizar a produção pecuária, renovar as pastagens em sua propriedade e produzir mais arrobas por hectare/ano.

A tendência da pecuária nacional é de evolução no sentido de intensificar cada vez mais a produção de carne, passando a produzir mais arrobas por hectare com a introdução nas propriedades da prática de semiconfinamento e confinamento, gerando mais renda, propiciando renovação de pastagens e melhoria do ganho de peso, e qualidade de carcaça.

Artigo elaborado por Ricardo Martinez, M.Sc.
Zootecnista e Promotor Técnico da Real H
ricardo.departamentotecnico@realh.com.br

Revisado por Ass. Imprensa da Real H

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