Acompanhamento Técnico – Confinamento de sucesso

Confinamento | 29 de março de 2018

Acompanhamento Técnico : a importância e as vantagens em ter um profissional na hora de planejar o confinamento.

Quando o produtor opta por investir no sistema intensivo de engorda, uma série de critérios precisam ser respeitados para garantir animais pesados na hora do abate, desde a estrutura necessária para receber os lotes, até espaçamento de cocho, rendimento de carcaça, etc.

Por isso, quando o assunto é confinamento, a palavra de ordem é: planejamento. Já falamos sobre esse tema aqui no blog. Nesse segundo texto sobre os desafios e as vantagens em confinar vamos falar sobre a importância do acompanhamento técnico e ter profissionais capacitados para te ajudar nessa empreitada.

Se a palavra de ordem do confinamento é planejar, no acompanhamento técnico é “planilhar”. Colocar todos os números na ponta do lápis te ajudará na hora de dar os principais passos e, se tiver alguém para auxiliá-lo, além de tornar o trabalho mais profissional vai otimizar o tempo, e tempo no confinamento, vale muito dinheiro.

Manejo de cocho: tamanho x tipo de ração

Um bom dimensionamento de cocho é fundamental para o sucesso do confinamento, dessa forma é possível evitar que os animais dominantes comam mais ou não permitam que os demais deixem de comer por falta de espaço.

Dessa forma, o tamanho do cocho deve ser determinado em função do tipo de dieta que será fornecida: se a ração for completa, ou seja, com volumoso e concentrado fornecidos em mistura homogênea ou se o volumoso e concentrado serão fornecidos separadamente.

Caso a ração não seja completa o ideal é utilizar de 50 a 70 cm lineares de cocho por animal; se for completa, a medida pode ser menor.

Área de choco suficiente significa menos disputa por alimento

Rendimento de carcaça

Quando falamos em rendimento de carcaça, precisamos colocar em pauta a composição da dieta utilizada no confinamento, isso porque os programas de melhoramento genético, associados aos cruzamentos entre raças zebuínas e europeias, tem permitido a produção de animais com crescimento rápido, boa cobertura muscular e carcaças de melhor qualidade.

Contudo, esses animais apresentam elevadas exigências nutricionais e necessitam de dietas com alta densidade energética para que atinjam o ganho de peso esperado e um acúmulo mínimo de gordura em sua carcaça.

Real H nutrição e saude animal

Carcaça bovina de boa qualidade

Neste cenário aparecem os aditivos, que elevam a densidade energética, sem aumentar a ingestão de carboidratos ou comprometer a ingestão de fibras. Esse aumento da densidade energética é uma estratégia com a vantagem de não apresentar os distúrbios metabólico-digestivos causados por dietas de alto grão.

A inclusão de aditivos energéticos à dieta de bovinos em confinamento é a melhor alternativa para atingir maiores ganhos de peso e permitir o adequado e exigido acabamento. A carne macia, bem marmoreada e uniforme estará sempre na preferência do consumidor e representa, sem dúvida, negócios mais vantajosos para o produtor.

Conversão alimentar

Um dos principais objetivos do produtor que opta pelo confinamento é garantir o ganho de peso ideal para o abate em menos tempo. Isso é possível quando uma série de fatores caminham lado a lado. Nutrição, saúde, genética, manejo, estrutura do local fazem parte do planejamento desse tipo de criação a qual resultará no resultado esperado pelo produtor.

No cenário do confinamento, uma das principais metas é garantir a conversão alimentar que nada mais é do que a quantidade de quilogramas de alimentos ingeridos em forma de matéria seca para promover 1 kg de ganho de peso.

Vale lembrar que, quanto melhor a eficiência alimentar do animal, maior a rentabilidade do sistema, por isso o cálculo da receita do confinamento de bovinos de corte está altamente correlacionado não somente ao ganho de peso diário do bovino, como também à conversão alimentar do animal, isto é, com a quantidade.

Insumos

Os valores dos insumos utilizados para o confinamento são determinantes e atraem os pecuaristas que desejam engordar os animais nesse tipo de sistema, além, é claro, das expectativas em torno das cotações futuras no mercado do boi gordo, que ditam como serão os próximos dias do confinamento.

Milho, inteiro ou moído, é uma das alternativas disponíveis no mercado


Quando o assunto é confinar, o produtor tem que estar atento ao fato de que os números da soja e do milho, por exemplo, podem variar em um curto espaço de tempo e essa situação é mais comum do que se imagina. A cotação dos grãos deve subir logo no primeiro giro, em função da menor oferta projetada para o milho de primeira safra e soja. Contudo, com o elevado estoque de milho, as valorizações não devem ser acentuadas para o grão.

 

Segundo a Bolsa de Valores (BM&F), teremos uma retração no preço de milho. Mas mesmo com o incremento, de cerca de 10% no preço do grão, neste início de ano, ainda temos uma relação benéfica pensando em boi gordo. Mesmo com esse sobe e desce de alguns insumos, a margem deve tornar-se mais vantajosa no segundo semestre, após a colheita da safrinha.

Expectativa de mercado

O ano de 2018 começou bastante otimista para o pecuarista que deseja investir na criação intensiva de bovinos. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon), a estimativa é de um crescimento de até 12% no volume de animais confinados.

Se as projeções forem confirmadas, o Brasil vai atingir a marca de 3,8 milhões de cabeças confinadas esse ano, uma média de 400 mil a mais que o ano passado. Mesmo com as variáveis dos valores de insumos como milho e soja, o produtor que fizer o planejamento ideal desde o começo, não terá erro, ainda que o preço do milho, por exemplo, varie.

Nossa equipe conta com técnicos experientes preparados para ajudar com seu desafio

Este foi o segundo texto na série especial sobre confinamento! Fique ligado no blog e nas nossas redes sociais para saber quando sai o próximo texto! Tema: Sazonalizade

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