CRIAÇÃO de BEZERRAS LEITEIRAS: desafio que fica menor com o auxílio da HOMEOPATIA POPULACIONAL

Girolando | 16 de janeiro de 2014

Denise Zamboni Telles*

O início da vida das bezerras merece uma atenção toda especial. O animal que antes se encontrava protegido pela mãe, após o nascimento terá que se adaptar rapidamente a um meio adverso e desafiador (intempéries, contaminações diversas, alimentação artificial e manejo estressante), neste cenário a bezerra precisa atender as exigências orgânicas para poder expressar o seu potencial genético para crescimento e ganho de peso.

As metas para a criação adequada de bezerras, além de economicamente viáveis devem permitir:

01. minimizar doenças e zerar mortalidade nos 1os quatro meses de vida;

02. dobrar o peso de nascimento já aos 56 dias;

03. atingir a puberdade/maturidade sexual aos 13 meses atingindo 50% do peso adulto.

Muitas vezes negligenciada nas propriedades por não proporcionar retorno econômico direto, a importância das bezerras, que são o futuro da produção, está ligado em atingir precocemente sua fase produtiva. Neste sentido, todos os parâmetros ideais devem ser perseguidos com rigor. Dentre estes, o principal é a manutenção do “status de saúde”.

Ser saudável, evitar as doenças é a grande meta.

Isto será obtido quando o conjunto de variáveis for administrado de forma equilibrada, respeitando as peculiaridades fisiológicas dos animais, o resultado será a redução na necessidade de tratamentos curativos e/ou uso de moléculas químicas tóxicas .

Os cuidados com as bezerras, de fato, começam bem antes do nascimento, na fêmea gestante. Nesta fase, além das exigências oriundas da atividade produtiva ainda serem elevadas, o feto ocupa grande parte da cavidade abdominal, limitando a ingestão em quantidade de volumosos, isto se complica notadamente na fase final de gestação quando seu organismo está sendo mais exigido (grande crescimento fetal).

O momento do parto deve ser cercado de cuidados, sempre que possível, evitando maternidades próximas à grande movimentação de pessoas e equipamentos, visando favorecer o parto eutócico (normal) em detrimento do parto distócico (mediado). O motivo é que durante as contrações do útero, ocorre grande transferência de sangue para o feto, visto que o cordão umbilical ainda não está rompido. Este sangue a mais, será importantíssimo na saúde do neonato. Para favorecer os partos eutócicos, o fornecimento do HB Matrimax para as vacas, reduz significativamente as intervenções e a retenção de placenta (grande causadora de sub-fertilidade futura).

Imediatamente após a vaca lamber a sua cria, deve-se fazer a desinfecção do umbigo que é a porta de entrada de bactérias causadoras da “onfaloflebite” (inflamação do umbigo) e de suas complicações mais comuns como as poliartrites.

Especial atenção deve ser dada ao colostro, secreção viscosa da glândula mamária produzida imediatamente após o parto por três a seis dias. O efeito de proteção imunológica do colostro é fundamental devido concentração elevada de imunoglobulinas. Estes anticorpos, proteínas de alto peso molecular, fazem parte de um complexo sistema de defesa e visam combater agentes infecciosos de natureza variada, sendo absorvíveis pelas células do intestino, de forma completa, apenas nas primeiras horas após o nascimento. Os teores estimados de imunoglobulinas no colostro são de 32,4 mg/mL no momento do parto, 25,4 mg/mL doze horas após e 15,4 mg/mL após vinte e quatro horas. Assim, é questionável se o colostro, obtido a partir da 3ª ordenha, teria anticorpos suficientes para garantir uma boa imunização. Esse fato, aliado ao fato que, após as primeiras 12 horas de vida, a capacidade de absorção intestinal de anticorpos vai progressivamente se reduzindo, reforça a importância em garantir a ingestão do colostro mais rapidamente após o nascimento.

Em sistemas intensificados e mais especializados, é comum o confinamento das bezerras em abrigos coletivos ou individuais. Os abrigos individuais vêm sendo muito utilizados pelas criações de melhor padrão técnico e de produtividade elevada e apresentam diversas versões, desde a casinha individual até a criação sem contato com o solo. Eles servem de proteção contra a chuva e o excesso de sol, são de fácil limpeza e deslocamento, favorecendo a higiene ao evitarem o acúmulo de umidade no solo, quebrando o ciclo de vida dos organismos causadores de doenças. As bezerras são levadas para esses abrigos entre 12 e 24 horas após o nascimento e ingestão do colostro. A localização e manejo deste setor é fundamental para reduzir as doenças (diarréias, pneumonias, etc..). A quantidade de leite (sucedâneos), a temperatura com que será fornecida deverá ser rigorosamente avaliada, pois da qualidade destes nutrientes dependerá todo desenvolvimento do animal.

Até 30 dias, os maiores desafios são as diarréias e os problemas respiratórios, enquanto que, dos 30 aos 120 dias, na maioria das vezes, são a Tristeza Parasitária e as Pneumonias. As diarréias são as causas mais frequentes de mortalidade dos bezerros. A diarréia neonatal bovina é reconhecida como síndrome, visto que decorrem da interação entre fatores como a imunidade, o ambiente, a nutrição e a infecção por diferentes microrganismos com potencial patogênico e ocorrem frequentemente na primeira e segunda, semanas de vida.   A transmissão dos agentes causadores é geralmente oral-fecal e frequentemente o contato ocorre ainda na maternidade ao entrarem em contato com as instalações sujas ou na mamada do colostro, onde os tetos e úbere estão sujos de fezes.

Normalmente permanecem no sistema individual até 60 a 70 dias de idade, quando o consumo de concentrado deve alcançar a faixa de 800 g/dia. Após a desmama, o animal deve receber maior quantidade de concentrado e volumoso, o que contribui para o desenvolvimento do rúmen. Esta fase é delicada pois são várias adaptações simultâneas (flora ruminal e intestinal) que exigem maiores cuidados. Muitas vezes nos grandes desafios o uso de antibióticos como “preventivo” é a praxe. Este uso no intuito de “prevenir” diarréia é perigoso, pois pode acarretar em disbiose, que é um tipo de “anarquia intestinal”, disfunção que não raras vezes acarretará em bezerras refugos (flora bacteriana desequilibrada) ou na morte do animal.

Para reduzir as chances de erros nesta fase, a técnica da Homeopatia Populacional traz grande diferencial e grandes benefícios. Seu uso favorece o estímulo do sistema imunológico, proporciona qualidade de vida (menos doenças) e o crescimento esperado. No centro de sua ação está a prevenção das Diarreias, Pneumonias e a tão temida Tristeza Parasitária Bovina.

O protocolo homeopático, além do fornecimento do HB Matrimax para a gestante, inicia com o produto DIA 100 (gel de uso oral) para prevenção das diarreias logo após a mamada do colostro, de fácil aplicação e que não agride a flora intestinal das bezerras ainda em formação.

Nas fases seguintes de aleitamento, desmama e recria, deve-se incluir junto da alimentação diária (leite do balde ou concentrado) o novo produto (lançamento) TOP VITA, 100% homeopático indicado para prevenir a anemia, o enfraquecimento, as infecções intestinais e a prevenção da tristeza parasitária bovina.

O elevado investimento na genética do rebanho, nas instalações e no manejo são comuns nas boas propriedades leiteiras. Para garantir a colheita destes investimentos, deve-se assegurar a sobrevivência com qualidade dos animais, e a certeza da ausência de resíduos químicos, isto somente pode ser obtido com a utilização do tratamento homeopático populacional, desde a tenra idade.

*Denise é médica veterinária e promotora técnica da Real H.

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