Curso prepara produtores de MT para iniciar o confinamento de gado

Confinamento | 5 de maio de 2014

Com a proximidade do período de estiagem em Mato Grosso, as fazendas que têm estrutura para confinamento de gado começam a se preparar para a atividade. O pecuarista investe no confinamento do gado pra manter a produção de carne com qualidade durante a seca.  A entidade que representa os confinadores no país montou uma espécie de escola itinerante para atualizar pecuaristas e funcionários sobre o sistema. O estado que tem o maior rebanho do pais confinou até ano passado quase 720 mil cabeças de gado, 12 % da produção total.  A oportunidade de aperfeiçoar conhecimentos nesta área é interessante porque o volume de animais confinados no país deve crescer de 8 a 10% e o número de cabeças criadas neste sistema deve passar dos 4 milhões

Em Campo Novo do Parecis, o gerente de confinamento de uma propriedade, Fernando Naccer, explica que a principal vantagem é a qualidade da produção. “ A gente consegue o acabamento das carcaças, que é interessante para indústria de carne. A segunda vantagem é o giro que você dá. Você consegue terminar um animal em noventa dias aqui no confinamento”.  No local são criados em média 4 mil bovinos das raças nelore e angus.  A produção dessa raça é toda exportada. A carne nobre é vendida no mercado interno e o contra-filé é a principal peça. Chegam a ser abatidas ao todo 45 mil cabeças por ano.

Os funcionários de fazendas da região e pecuaristas vieram o conhecer como os animais são tratados. A iniciativa de oferecer essa “escola de confinamento”, como é chamada, partiu da Associação Nacional de Confinadores (Assocon). “A escola de confinamento é voltada pra essa mão de obra direta da rotina do confinamento. A intenção nossa é aumentar a capacitação deles, atualizar o conhecimento que eles já têm pra melhorar a eficiência do trabalho dentro do confinamento”, explica a zootecnista da Assocon, Juliane da Silva Gomes.

O encarregado de uma fazenda da região diz que aprendeu que o ideal é lavar os cochos onde é dada a água pelo menos duas vezes por semana. Ele estava fazendo esse serviço só uma vez. “ boi não bebendo água ele não come”, conta Antônio José dos Santos. A universitária de medicina veterinária, Evelin Gorelio, afirma que está satisfeita com a iniciativa. “Eu estou aprendendo que o confinamento é algo que está crescendo muito no mundo todo e no Brasil principalmente por que a demanda de carne aumentou e todo mundo quer uma carne de qualidade. O confinamento proporciona isso, um rendimento bom de carcaça e um marmoreio bom”.

O curso também passou informações na teoria. O pecuarista José Renato Meirelles levou cinco colaboradores. “Sempre surgem novidades e a gente faz esse treinamento num período anterior ao início para também buscar a motivação”. Depois de Campo Novo do Parecis a escola de confinamento segue a programação em Ji paraná, Rondônia no mês de junho e em Redenção no Pará, em julho. (Fonte: Mato Grosso Notícias)

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