Demanda e preços estimulam confinamento

Confinamento | 14 de março de 2014

O confinamento de bovinos deve crescer ao menos 6% este ano, embalado pela forte demanda interna e crescentes exportações de carne bovina, que mantêm os preços da arroba perto de patamares recordes, disseram especialistas.

A divisão para pecuária da Agroconsult estima que a terminação de animais em confinamento vai aumentar 6,2% sobre o ano passado, para 4,3 milhões de cabeças em 2014. “Esta é uma estimativa inicial e, provavelmente, aumentaremos essa estimativa com a mudança para um cenário mais favorável aos confinadores”, disse o analista da Agroconsult, Maurício Nogueira.
Já o gerente executivo da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Bruno Andrade, trabalha com um incremento possível de 8% a 10% no número de animais confinados em 2014. No ano passado, o membros da Assocon confinaram 747 mil cabeças de gado.
A expectativa para este ano é muito forte, com empresas citando demanda por cortes especiais no período de Copa do Mundo no Brasil e alta das exportações de carne bovina, que aumentaram 45% em fevereiro.
Relação favorável – O confinamento representa cerca de 10% do número total de abates de bovinos no país, mas costuma interferir nos preços de mercado por permitir a entrada de animais num período em que a oferta normalmente é mais reduzida.
A decisão de confinar animais depende em grande parte da relação entre os preços futuros da arroba bovina e da perspectiva de custos de produção.
Neste ano, apesar da expectativa de aumento dos preços do milho, principal ingrediente da ração, a forte demanda por carne bovina –tanto interna como externa– puxa uma alta da commodity bem superior ao custo com o insumo.
Além disso, uma seca severa em parte de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, afetou a recuperação das pastagens e, consequentemente, a oferta de animais prontos para abate.
Neste cenário, o indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo, base Estado de São Paulo, vem batendo recordes nominais seguidos e chegou a R$ 123,70 nesta quarta-feira, 12.
O acompanhamento da Assocon indica que o preço do milho está 7,7% mais alto em relação ao ano passado (base quarta-feira,12), ante incremento de 24,5% no valor da arroba no mesmo período. O contrato outubro na BM&FBovespa, indica R$ 125 a arroba.
“Já vemos uma valorização do milho, mas o preço do boi gordo está interessante, puxa a rentabilidade para cima”, disse o gerente executivo da Assocon, Bruno Andrade. (Fonte: Reuters)

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