Fornecimento de soja grão para vacas em lactação

Nutrição | Pecuária de Leite | 7 de novembro de 2017

A constante expansão da cultura da soja no Brasil, resulta em oferta de grãos de soja, alimento que pode ser utilizado como ingrediente nas rações ou na dieta total, para ruminantes, especificamente, bovinos de aptidão leiteira, ou mais peculiar, vacas em lactação. Apresenta proteína de boa qualidade quanto ao balanço de aminoácidos e custo relativamente baixo quando comparado às fontes proteicas e energéticas convencionais (Farelo de Soja e Milho). Possui elevados teores de proteína e de extrato etéreo (Óleo), que resultam em alto valor energético (Nutrientes Digestíveis Totais – NDT).

No entanto, o grão de soja não é utilizado no meio de forma frequente. Portanto, seria oportuno expor os mitos e vantagens como alternativa alimentar e as tecnologias que a Real H disponibiliza ao mercado para potencializar os resultados produtivo e econômico, utilizando este alimento.

O grão integral de soja (88 – 90 % de matéria seca), contém cerca de 35 – 38% de proteína bruta, 82% de NDT e 17% de extrato etéreo (Gordura). Uma comparação dos grãos com outros subprodutos da soja pode ser vista na tabela abaixo.

Composição bromatológica da soja e seus subprodutos

Em muitas das vezes, a impopularidade da soja grão crua se deve à presença do fator antitripsínico, que inibe a ação da enzima tripsina (Digestibilidade da Proteína), além da lipase, que pode contribuir para a rancificação de sua gordura (sabor indesejável) e de uma enzima chamada urease que, em contato com a uréia, a converte em amônia, liberando seu cheiro característico e também indesejável pelo animal. Em função disso, a soja grão crua não é indicada para animais não ruminantes (aves, suínos), o que contribui para que seu uso seja menos divulgado ou surja o principal mito quanto ao fornecimento para ruminantes.

No gado leiteiro, não existem grandes restrições. Só é recomendável que não se utilize uréia em rações concentradas com grãos de soja cru. A alternativa de aquecimento (tostagem) dos grãos para destruir a urease e inativar a lipase é viável, o que aumenta o tempo de estocagem dos grãos, além de aumentar consideravelmente seu teor de proteína bypass, o que pode se tornar um diferencial positivo deste produto, especialmente quando se trata de animais de alto potencial de produção.

Entretanto, este processamento do grão na fazenda pode ser prejudicial, pois sem o controle de temperatura e tempo, pode ocorrer à reação de Maillard, perda de aminoácidos nobres da proteína do alimento ao animal.

Assim como os fatores antinutricionais são eliminados no rúmen , a preocupação maior, de rancificação e liberação de amônia, pode ser evitadoa com as seguintes práticas:
– Fornecer a Soja Grão Crua íntegra / quebrada / bandinha de soja grão, ou seja, não moída, evitando a exposição do óleo e a rápida rancificação da ração;
– Substituir a Ureia Pecuária por Ureia Protegida / Extrusada, assim a liberação de nitrogênio será modulada, lenta liberação no rumen. Eficiente fonte de nitrogênio, como alimento para as bactérias, aumentarem a digestibilidade e produção de proteína microbiana, sem os riscos de intoxicação ou forte odor de amônia e consequente refugo pelo animal.

A utilização do grão de soja em rações para vacas leiteiras tem como principal objetivo o adensamento da concentração energética. Outras vantagens envolvem o aumento da palatabilidade da ração em relação a adição de outras fontes de óleo, a redução do pó da ração e do desgaste dos equipamentos de moagem e amistura dos ingredientes das rações. O desempenho produtivo das vacas também melhora, com menor redução do escore de condição corporal no terço inicial da lactação e, em alguns casos, aumento da produção de leite, principalmente quando a densidade energética da dieta é limitante. Finalmente, observa-se aumento do teor de gordura do leite.
Um grande número de estudos, conduzidos ao longo de muitos anos, tem comparado o valor nutritivo dos grãos integrais crus e tostados, com o farelo de soja, demostrado resultados positivos, mantendo ou elevando os valores produtivos, na qualidade do leite e melhoria econômica, quando em utilização de grão de soja como alternativa alimentar.

Em um estudo foram comparadas 3 dietas, contendo respectivamente farelo de soja, soja em grãos crua ou tostada. O concentrado balanceado com os diferentes tipos de soja foi oferecido na proporção de 1 kg para cada 3 litros de leite. A produção de leite e gordura foi similar entre os tratamentos (tabela), não tendo sido afetada pela utilização da soja grão.

Comparação entre o farelo e os grãos de soja crus ou tostados.

Os grãos de soja foram consumidos na quantidade de 2,3 a 2,7 kg/dia. É recomendado manter seu fornecimento em quantidades moderadas. Até 2,5 – 3,0 kg/vaca/dia de soja grão crua.

A Real H, com mais de 30 anos de mercado nos seguimentos Nutrição e Saúde Animal, disponibiliza aos produtores a Linha UREMAX com Ureia Protegida e amido extrusado, com alta concentração proteica para bovinos de corte e leite. Especialmente quantificado para otimizar a atividade dos microorganismos ruminais, melhora a digestibilidade dos alimentos ingeridos pelo animal, conferindo uma liberação mais lenta do nitrogênio no rumen, o que melhora o seu aproveitamento.
Dentre os produtos Uremax 150, Uremax 100 e o Uremax Leite, este último, como fonte de proteína via ureia protegida, contendo ainda, gordura protegida para a melhora na produção, condição corporal e reprodução. Com macro e micro minerais que complementam a dieta, principalmente quanto ao sistema imunológico e reprodutivo do animal.

 

À disposição
Zootecnista Leonardo Teodoro
Dep. Técnico Real H

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