Guia de raças: Nelore

Guia de Raças | 23 de agosto de 2016

A raça bovina Nelore teve sua genética bastante aprimorada quando chegou ao Brasil, na primeira metade do século XIX. Desde então, a espécie é utilizada, sobretudo para a produção de carne. No entanto, esses animais tiveram como finalidade inicial a comercialização do leite. Conheça mais das características da raça a seguir.

Sobre a raça Nelore

A raça conhecida nacionalmente como Nelore tem origem no Ongole da índia, cujos registros datam de mil anos antes da era cristã. Foi nesse período que os arianos levaram esses animais para o continente asiático. Nelore era o nome da região da então Província de Madras, localizada na costa leste da índia, de onde os primeiros bovinos foram mandados para o Brasil. Por ser uma espécie sagrada para boa parcela dos indianos, o gado lá é aproveitado quase que exclusivamente para leite e transporte.

De modo geral, esse tipo de bovino costuma ser bastante saudável e ativo. Eles apresentam vigor e contam como uma estrutura óssea leve, ainda que forte. Os músculos são bem distribuídos e destacados. É fácil diferenciar machos e fêmeas da raça pelo seu aspecto. O pescoço dos representantes masculinos é musculoso e ligado harmoniosamente ao tronco. Nas fêmeas, o pescoço da fêmea é delicado.  Outros fatores notáveis do gado Nelore são a docilidade e agilidade.

Os animais têm pelo cinza claro ou branco, porém o macho tende a possui pelagem mais escura na parte do pescoço e do cupim. A pelagem é curta e bem densa. A raça pode ainda ser categorizada entre aqueles que possuem chifres e mochos. Os chifres têm tonalidade escura e aparecem em forma de cone curtos de estrias verticais. No nascimento, os chifres seguem o perfil do bezerro, porém podem se desenvolver para fora, para trás e para cima ou para baixo e para trás. A área do dorso e da lombra é larga, mas proporcional e bem coberta pela musculatura. Os membros, tanto inferiores quanto posteriores, são de comprimento médio.

Hoje, a carne do Nelore é considerada a que melhor se aproxima dos padrões de exigência do mercado. Acredita-se que do rebanho de mais 200 milhões de bovinos do Brasil, 80% dos animais para corte sejam dessa raça. Isso se dá muito pela excelente adaptação da espécie em climas tropicais devido ao seu elevado número de glândulas sudoríparas.