Pecuaristas de gado de corte precisam se modernizar para crescer

Confinamento | 16 de janeiro de 2014

Aliss021:Gado1 Alisson J. Silva Girolando - 01/06/09Segundo especialistas, é preciso investir com estratégia

Uma janela de possibilidades. Assim apresenta-se o mercado da pecuária de bovino de corte para o produtor disposto a olhar, atravessar a janela e seguir no horizonte. Para tal, não basta mais observar o crescimento da boiada pela ventana, é preciso investir com estratégia. A tendência mundial é de elevação populacional, aumento de expectativa de vida e mudanças globais acentuadas, com crescimento de áreas áridas e instabilidade no clima. O cenário também indica expansão nos preços dos produtos de origem animal, ascensão da bioenergia e fortalecimento das convenções ambientais. O produtor ciente disso está um passo à frente.

O pecuarista nessa visão global é colocado ainda frente a frente com um novo consumidor, mais exigente, consciente e informado. O perfil é traçado por uma comunidade preocupada com segurança alimentar (biológica e sanitária), com alimentos sustentáveis, naturais, estéticos, salutares, diferenciados e de origem garantida. Características que fazem a diferença na hora da compra. Fatores que fazem a diferença para o bolso de quem produz carne bovina no Brasil e no mundo. O verbo agregar apodera-se diante das perspectivas.

“Temos um mercado doméstico em expansão, consumimos pouca carne e o Brasil tem recursos suficientes para expandir, tem pasto e um mercado à espera, os indicadores apontam que temos muito a crescer. Não tenho dúvidas de nossa potencialidade, mas o momento que vivemos na pecuária é um pouco pessimista. O futuro radiante, como se apresenta, depende do que fizermos hoje e, atualmente, o humor do pecuarista varia de acordo com o preço da arroba do boi, porque a cadeia produtiva da carne bovina, das cadeias produtivas de pecuária de corte, é a mais atrasada”, alerta o economista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antônio Márcio Buainain, em palestra no Seminário sobre potencialidades de agregação de valor na cadeia produtiva de pecuária de corte no Mato Grosso do Sul, promovido pela Embrapa e parceiros, no Sindicato Rural de Campo Grande-MS.

Ele enfatiza que “não adianta ter um produtor preocupado com as regras legais e sanitárias se o produto final for vendido em local inadequado. A cadeia de valor é o motor do dinamismo do agronegócio.  uma engrenagem, que tenha atrito, mas apesar disso funcione de forma sincronizada, na qual todas as peças, umas mais outras menos, ganhem e isso não acontece na cadeia produtiva da carne bovina. Não há ainda uma visão empreendedora, uma concepção de cadeia de valor”.

As características do setor, relatadas pelo professor da Unicamp, fortalecem seu laudo. “Há um baixo nível de integração – contratual e vertical; os frigoríficos se abastecem via mercado spot; é predominante a coordenação via intermediário que adquire, transporta, comercializa e realiza contratos informais ou verbais; o frigorífico mantém baixa relação com o produtor; existe uma grave deficiência nos sistemas de fiscalização e controle sanitário; e permanece a presença de pontos clandestinos, como matadouros”, enumera. (Fonte: Diário do Comércio)

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