Produtores da região central do Brasil apostam no confinamento de animais para garantir rentabilidade

Confinamento | 4 de setembro de 2013

Foto: Fernanda Fell

O preço do boi gordo na região central do Brasil sobe no período da seca devido a pouca oferta de animais. Atentos a essa oportunidade de ganhar mais dinheiro, na década de 80, muitos produtores rurais começaram a fechar o gado e tratar no cocho. Porém, no início dos anos 2000, que o confinamento se tornou popular no país.

O pecuarista Donizeth Peixoto da Costa, do município de Bela Vista, em Goiânia, começou a confinar em 1989, com 86 cabeças de gado. Hoje, ele engorda mil animais por ano.

Segundo Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), em 2012, foram confinadas 3.400 milhões de cabeças de gado. A maioria dos currais de engorda está nos Estados onde a seca é mais acentuada nos meses do outono e do inverno. Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais respondem por quase 90% dos confinamentos no Brasil. Outros Estados, como Rondônia e Paraná, já começam a aparecer nas pesquisas.

Os confinamentos no Brasil têm tamanhos muito variados. De acordo com a Assocon, entre as 770 unidades identificadas e que operaram no ano passado, algumas estruturas tinham apenas 30 cabeças e outras mais de 100 mil. Mas, a maioria, cerca de 80%, trabalha com até 5 mil cabeças fechadas. Os pequenos e médios confinamentos são responsáveis apenas pela metade dos animais confinados. Os outros 50% estão nos grandes projetos, que representam 8% do total de confinamentos no país.

Este ano o setor deve manter o mesmo ritmo de 2012, com um crescimento ainda tímido. Em 2013, o número de animais confinados deve aumentar 4% em comparação com o ano passado.

– Não é um número grande, muito por conta do custo que ainda está caro, apesar de mais barato que no ano passado. Mas em alguns Estados a conta ainda não fecha. O preço do boi magro acaba ficando alto para esses Estados também – disse o gerente executivo da Assocon, Bruno Andrade

Especialistas nas mais diversas áreas do agronegócio acreditam que o pecuarista brasileiro vai aprender a aliar o confinamento à pecuária intensiva à pasto, melhorando as forragens e aumentando a taxa de lotação nas propriedades.

– Acho que o que vai acontecer agora é otimizar mais o pasto, aprimorar a integração lavoura pecuária e maximizar os dois. Eu acredito muito na junção dos dois, do confinamento com o pasto – disse o coordenador do confinamento experimental da EVZ/UFG, Juliano Fernandes.

Fonte: http://canalrural.ruralbr.com.br/

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