Qualidade na produção do leite

Girolando | 28 de janeiro de 2014
leite-organicoA crescente preocupação dos consumidores em relação à qualidade dos produtos em geral tem levado a indústria alimentícia a buscar adequações que atendam às exigências do mercado. 
No caso do leite, a relação entre qualidade percebida pelos consumidores e qualidade efetiva do produto não é tão evidente quanto em outros produtos, mas a urbanização crescente, a busca por melhor qualidade de vida e do grau de informação das pessoas certamente mudará esse conceito.

Além disso, são inegáveis as exigências de qualidade para exportação de derivados lácteos. Do ponto de vista de controle e qualidade, o leite e os derivados lácteos estão entre os alimentos mais testados e avaliados, principalmente devido à sua importância na alimentação humana e também à sua natureza perecível. 

No que tange à qualidade do leite, dois aspectos merecem ser destacados: o primeiro diz respeito ao cumprimento legal de padrões mínimos e o segundo refere-se às exigências de qualidade por parte da empresa compradora e da percepção pelo consumidor.

Legislação
A aplicação da Instrução Normativa nº. 51, que dispõe sobre os Regulamentos Técnicos de produção, identidade e qualidade do leite, é obrigatória para todo leite produzido e comercializado no mercado interno.

Os produtores mais tecnificados tendem a produzir dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela legislação. Entretanto, coloca-se a questão da necessidade de capital e treinamento para adequação aos padrões determinados pela legislação, principalmente por parte dos agricultores familiares, que têm normalmente mais dificuldade de acesso à informação e crédito.

Além do marco legal, a melhoria da qualidade do leite depende essencialmente da política de aquisição da matéria-prima por parte das indústrias. E, nesse aspecto, o que importa é a qualidade desejada pela indústria compradora, ou seja, a melhor qualidade do leite é algo particular a cada empresa, não estabelecido pela legislação. Por exemplo, um laticínio que prioriza o teor de sólidos poderá remunerar melhor o leite com maior teor de gordura e proteína enquanto outro que trabalhe com leite pasteurizado pode valorizar a qualidade microbiológica. Por essa razão, o sistema de pagamento por qualidade é algo que faz parte da estratégia de cada empresa, que poderá ou não adotá-lo.

A principal implicação em relação à qualidade do leite é que, com ou sem legislação, considerando um cenário de boa disponibilidade de leite, deve ocorrer via mecanismos de mercado um aumento da valorização da qualidade, e produtores que não priorizarem esse quesito terão maiores dificuldades de competitividade e permanência na atividade formal.

Consumidor
Existe ainda a questão da qualidade de leite percebida pelo consumidor. Assim, pode-se encarar a melhoria da qualidade como um processo natural de mercado, em um ambiente competitivo e com consumidores que tendem a ser cada vez mais exigentes, inclusive tendo à sua disposição uma gama cada vez maior de produtos não-lácteos de qualidade e saudáveis.

Essa questão torna-se ainda mais relevante à medida que as exportações brasileiras de lácteos ocupam espaço no mercado internacional. Em muitos países com exigências mais rígidas, podem surgir barreiras às exportações, caso a qualidade do leite brasileiro não esteja adequada àquele mercado. (Fonte: Sebrae)

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