Uso da palhada de cana reduz custos no confinamento
Confinamento | 22 de agosto de 2014
Porém, com a valorização do produto (em dez anos, a tonelada foi de R$20 a R$150), a solução foi reduzir o custo na própria lavoura. A palhada que sobra depois da colheita mecanizada passou a substituir o “bagacinho”, pela metade do preço e com algumas vantagens nutricionais.
Quando o pecuarista André Perrone e os consultores do confinamento decidiram adotar a palhada da cana na alimentação dos animais, eles não tinham nenhuma informação sobre o desempenho do gado com esse produto. Tiveram que tomar alguns cuidados para evitar que o ganho de peso fosse prejudicado, conforme explica o zootecnista Fernando Parra:
– Começamos a usar esse produto com 20% em volumoso e fomos aumentando. Atualmente, estamos usando 100% do volumoso vindo da palha na terminação. Os animais estão tendo boa aceitação, mantendo o mesmo desempenho, com custo inferior à dieta anterior.
O produto é recolhido na lavoura por uma máquina de fazer feno. Mas apenas a parte superficial é retirada, evitando assim impurezas no alimento e mantendo, ao mesmo tempo, a matéria orgânica no solo. O material deve ser retirado da lavoura sete dias depois do corte da cana, prazo suficiente para as folhas perderem um pouco da umidade e também dentro do período em que a planta ainda não rebrotou. O rendimento é de 5 a 7 toneladas de palhada por hectare.
Depois dos fardos prontos, é feito o armazenamento ao lado da fábrica de ração, onde as partículas devem ser padronizadas em aproximadamente cinco centímetros, para que a mistura com os outros ingredientes seja bem homogênea. De acordo com o coordenador operacional da fazenda, Marcelo Riciel Guerreiro, a retirada do excesso de palha trouxe um benefício também para a lavoura da cana, diminuindo a incidência de pragas na plantação:
– Na retirada da palha a cigarrinha diminuiu e beneficia a rebrota da cana (…) melhora tanto na agricultura como na boa aceitação do gado. Informações do site Canal Rural


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