Conheça as 16 principais doenças em animais de grande porte

Guia de Doenças | 23 de julho de 2025

Antes de tudo, é preciso se conformar que cuidar da saúde dos animais é um daqueles trabalhos silenciosos e, quase sempre, quando bem-feito, passa despercebido. Todavia, basta uma falha para todo mundo notar. Se você vive no campo, sabe que a produtividade não depende só de pasto bom e água fresca. Doença, quando chega, não pede licença. Entra e bagunça tudo.

Por isso, separei um apanhado das principais enfermidades que costumam afetar bovinos e equinos. À primeira vista, podem parecer só uns nomes difíceis. Entretanto, tenha em mente que se tratam de ameaças reais que podem derrubar a produção, comprometer a saúde animal e, em casos extremos, gerar prejuízos que demoram para sarar. Vamos por partes.

1. Febre aftosa

Primeiramente, uma doença que já causou prejuízos incalculáveis para o nosso país. Altamente contagiosa, essa enfermidade atinge bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Os sintomas são clássicos: febre alta, salivamento em excesso e feridas na boca, no focinho e nos cascos.

Os primeiros sinais que merecem atenção incluem animais mancando, com dificuldade para se alimentar ou salivando excessivamente. Caso perceba qualquer alteração na boca ou nos cascos, é preciso agir rápido.

2. Brucelose

Essa é daquelas que preocupam até gente da cidade. A brucelose, causada por bactérias do gênero Brucella, provoca aborto, infecções articulares e perda de produção leiteira. Como pode passar para humanos, exige controle rigoroso, com vacinação, descarte e monitoramento. Além disso, manter a vigilância constante ajuda a evitar surpresas.

Fique atento a abortos espontâneos, inchaço nas articulações ou queda repentina na produção de leite. Esses são os principais indicativos da doença no rebanho.

3. Tuberculose

Causada pelo Mycobacterium bovis, a tuberculose bovina é silenciosa e traiçoeira. Emagrecimento, tosse persistente e queda de desempenho estão entre os sintomas. Além disso, é outra zoonose importante. O controle depende de testes periódicos e do abate dos animais reagentes. Sendo assim, manter uma rotina de exames é indispensável.

Desconfie de animais que emagrecem mesmo com boa alimentação ou que apresentam tosse crônica. Esses sinais podem indicar a presença da tuberculose.

4. Doenças de casco

Laminite, podridão do casco e erosão do talão. Nomes feios para dores grandes. Animais com casco comprometido não andam direito, deixam de comer e perdem peso. Portanto, evita-se com casqueamento regular, boa higiene e manejo adequado, principalmente em época de chuva. Por outro lado, ignorar sinais precoces pode agravar o quadro.

Observe se o animal está mancando, evitando caminhar ou apoiando mal os cascos. A relutância em se levantar ou caminhar pode ser o primeiro sinal.

 

 

5. Leptospirose

Transmitida pela urina de animais contaminados, é uma das campeãs em ambientes úmidos. Abortos, icterícia, febre alta e até mortes são relatados. Além disso, roedores ajudam a espalhar. Sendo assim, vacinar e controlar o ambiente é essencial para manter o rebanho protegido.

Abortos súbitos, urina escura e sinais de febre devem acender o alerta. A icterícia (mucosas amareladas) também é um indicativo.

6. Botulismo

A toxina do Clostridium botulinum paralisa a musculatura. Surge em lugares com carcaças ou alimentos contaminados. Nesse caso, a vacina previne, mas o bom senso também ajuda: nada de deixar animal morto no campo. Ou seja, prevenção e cuidado diário andam lado a lado.

Preste atenção a animais que param de se movimentar, têm dificuldade para comer ou demonstram fraqueza súbita. Esses podem ser os primeiros sinais da doença.

7. Carrapatos e moscas

Coceira, perda de sangue, queda de peso e doenças transmitidas. Os ectoparasitas afetam a produção e ainda são porta de entrada para enfermidades mais graves. Por isso, o controle exige estratégia, alternância de produtos e tecnologias. Além disso, a atenção com o ambiente pode reduzir focos de infestação.

Coçar-se com frequência, agitação e feridas na pele são sinais claros de infestação. O aparecimento de moscas em excesso também é indicativo de foco ativo. Ao perceber essas evidências, conte com a ajuda de um profissional e opte por tratamentos para moscas e carrapatos de marcas confiáveis, como a CMR.

8. Verminoses digestivas

Nematódeos, coccídios… seja qual for o tipo, o prejuízo é certo. Afetam a absorção de nutrientes e o desenvolvimento dos animais. Assim, pasto bem manejado e antiparasitários eficazes são os caminhos. Além disso, avaliar o desempenho nutricional ajuda a identificar infestações precoces.

Fique atento a animais com fezes amolecidas, perda de peso mesmo com boa alimentação ou aspecto apático. Esses são sinais comuns durante o quadro que indicam o momento de buscar soluções para verminose animal.

 

 

9. Pneumonia bovina

Especialmente comum em bezerros e animais confinados. Tosse, secreção nasal e febre são os sinais. Fatores como estresse e variações de temperatura pioram. Sendo assim, ambientes arejados e vacinação ajudam a evitar. Por conseguinte, garantir bem-estar reduz a chance de surtos.

Se ouvir tosse frequente ou notar secreção no nariz, principalmente em animais jovens, é hora de investigar. A dificuldade respiratória também pode estar presente.

10. Doenças respiratórias em equinos

Influenza e rinopneumonite são as mais comuns. Os cavalos ficam apáticos, com tosse e secreção. Vacinar anualmente e respeitar quarentena em novas entradas no plantel são cuidados básicos que não podem ser negligenciados. Do mesmo modo, a higiene das baias contribui para a saúde respiratória.

Cavalos com nariz escorrendo, febre ou que se recusam a se exercitar como de costume devem ser avaliados. A tosse é um dos primeiros sintomas.

11. Diarreia em bovinos

Diarreia é sempre sinal de alerta. Pode ser viral, bacteriana ou por manejo alimentar incorreto. Em bezerros, a desidratação leva à morte. Por isso, higiene, colostragem e produtos adequados ajudam no controle. Logo, qualquer sinal deve ser investigado o quanto antes.

Observe fezes líquidas, perda rápida de peso e apatia. Esses são sinais que exigem intervenção imediata, principalmente em bezerros. Por fim, busque tratamentos confiáveis para diarreia bovina, como os homeopáticos disponíveis na CMR.

12. Cólica equina

Todo criador de cavalo conhece o risco. Dor abdominal, inquietação e sudorese. Pode ser leve ou letal. A causa? Desde simples gases até torção de intestino. Dessa forma, o manejo alimentar correto é a melhor prevenção. Além do mais, manter rotina e observar mudanças comportamentais ajuda na detecção precoce.

Cavalos rolando no chão, olhando para o abdômen ou recusando alimento devem ser examinados rapidamente. Esses comportamentos são típicos da cólica.

13. Mastite

Uma das vilãs da pecuária leiteira. A mastite é uma inflamação da glândula mamária que reduz a qualidade e o volume de leite. Portanto, boa ordenha e higiene constante fazem toda a diferença. Afinal, pequenas falhas na rotina de ordenha podem gerar grandes prejuízos.

Verifique a presença de grumos, vermelhidão ou inchaço no úbere. A sensibilidade excessiva ao toque também é um sinal precoce da mastite.

14. Anemia infecciosa equina (AIE)

Transmitida por insetos que se alimentam de sangue. Sem cura, obriga a eutanásia ou isolamento. O exame Coggins é obrigatório para eventos e trânsito. Por fim, controle vetorial e testagem são obrigatórios. Dessa maneira, manter controle regular evita a disseminação.

Apatia, emagrecimento progressivo e febre recorrente podem surgir como primeiros sintomas. Embora sutis, merecem atenção especial.

15. Artrite e artrose

Nos bovinos e equinos, essas doenças articulares são comuns e limitam o deslocamento. A prevenção passa por suplementação, cuidados com o peso e, em alguns casos, terapias complementares. Além do mais, quanto antes diagnosticadas, melhor o resultado do tratamento.

Caso perceba rigidez ao caminhar, relutância em se mover ou articulações inchadas, é possível que haja início de uma inflamação articular.

16. Dermatite bovina

Lesões de pele, como a dermatite digital, afetam o bem-estar e reduzem a produtividade. Instalações sujas, lama e fezes contribuem. Portanto, pedilúvios e produtos tópicos ajudam no controle. Igualmente, a observação do rebanho contribui para detectar sinais iniciais.

Um olhar atento identifica claudicação, vermelhidão nos cascos ou animal lambendo frequentemente as patas. Esses detalhes fazem diferença.

Como prevenir e controlar essas doenças?

Se você chegou até aqui, é sinal de que se preocupa com os animais. E isso é bom. Prevenir é sempre mais barato e mais eficiente do que tratar. E prevenir é, basicamente, manter um bom manejo sanitário. Nesse sentido, o cuidado começa antes do problema surgir.

 

 

Programas de vacinação e controle

Siga o calendário vacinal do seu estado, faça exames periódicos, registre tudo e mantenha o manejo sanitário em dia. E não hesite em buscar apoio técnico. Além disso, manter-se informado sobre novas tecnologias e orientações pode fazer toda a diferença.

Observação e resposta rápida

Reparou algo diferente? Investigue. Um animal quieto demais, um boi que não vai ao cocho, um cavalo que não quer galopar… pequenas mudanças podem sinalizar grandes problemas. Em outras palavras, observar bem é prevenir melhor.

A homeopatia veterinária, a nutrição adequada e o manejo consciente têm papel importante nesse cenário. Não são apenas alternativas: são ferramentas reais para quem busca uma pecuária mais eficiente e humanizada.

Enfim, continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre manejo, prevenção e tecnologias seguras para a saúde animal. Afinal, se o campo é seu lugar, conhecimento é sua melhor cerca.

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