Investimento em melhoramento genético estimula a agropecuária mineira
Confinamento | 22 de janeiro de 2013A pecuária mineira começa o ano com boas perspectivas de recebimento de novos investimentos em melhoramento genético, contemplando principalmente a bovinocultura de corte e de leite, e a avicultura. Aos poucos, o Estado vem utilizando a biogenética para melhorar a qualidade e incrementar sua produção de carne, leite e aves, atraindo a atenção de empresas mundiais.
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), a bovinocultura mineira tem, atualmente, um rebanho estimado em 23,5 milhões de cabeças, o que representa um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 12,8 bilhões. Além disso, o Estado se mantém como maior produtor de leite do país, respondendo por cerca de 27,3% da produção nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) — o que equivale a 8,5 bilhões de litros, uma receita aproximada de R$ 6,8 bilhões.
A evolução genética tem possibilitado ganhos visíveis para a pecuária mineira. Em gado de corte, rusticidade, precocidade e fertilidade têm resultado na redução da idade do primeiro parto de fêmeas e diminuição de quatro para dois anos a idade de abate de machos, destaca José Alberto de Ávila Pires, coordenador técnico de bovinocultura da Emater. Segundo Pires, as raças que têm atraído mais atenção de produtores rurais e empresários são Nelore, Gir e Guzerá. Também já despontam, com relação ao aumento de investimentos em melhoramento genético, as raças Brahman, Sindi e Indubrasil.
Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), sediada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, revelam que, anualmente, a entidade registra em todo o país mais de 600 mil zebuínos. A associação detém o maior banco de dados do mundo sobre a raça zebu, com mais de 12 milhões de animais cadastrados. Através do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) a entidade acompanha mais de 3,6 mil rebanhos em todo o país. No ano passado, a entidade registrou mais de 720 mil animais no país, o que representou um crescimento de 5% em relação a 2011.
No tema do melhoramento genético, o destaque ficou por conta do número de registros de touros reprodutores Puros de Origem (PO), que vem crescendo ano a ano, chegando a 44.529 animais. Segundo a ABCZ, nos últimos seis anos, o registro de reprodutores PO teve um crescimento aproximado de 60% em todo o país.
Fonte: Jornal Agrosoft, Tecnologia/MG
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