GUIADE RAÇAS: MANGALARGA MARCHADOR
Equinos | Guia de Raças | 26 de junho de 2020Em princípio, o Mangalarga Marchador foi criado no Brasil na comarca de Rio das Mortes, Sul de Minas há cerca de 200 anos, e é o resultado do cruzamento de cavalos da raça Alter, trazidos Portugal com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira.
Nesse sentido, os primeiros exemplares Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI. Dessa forma, os cavalos dessa raça eram muito valorizados em Portugal e a família real investia em coudelarias (haras) para o aprimoramento da raça.
Eram considerados animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprios para a montaria. Portanto, os cavalos Alter eram bastante procurados por príncipes e nobres europeus para as atividades de lazer e serviço.
O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça.
Há várias versões para o nome Mangalarga Marchador, mas a mais consistente está relacionada à fazenda Mangalarga, localizada em Pati do Alferes, no Rio de Janeiro. Seu proprietário era um rico fazendeiro que, impressionado com os cavalos da família Junqueira, adquiriu alguns exemplares para os passeios elegantes realizados no Rio de Janeiro. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do Sul de Minas. As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da fazenda Mangalarga e esta referência se transformou em nome.
Já o nome Marchador foi acrescentado pelo fato de alguns daqueles cavalos terem a função de marchar em vez de trotar.
Características do Mangalarga Marchador
De acordo com o estatuto do ABCCMM, são animais de porte médio, estrutura forte e bem proporcional, com expressão vigorosa e sadia, visualmente leve na aparência, pele fina e lisa, pelos finos, lisos e sedoso, temperamento ativo e dócil.
Para os machos a altura ideal é 1,52 m, sendo admitido para registro a variação entre 1,47 e 1,57 m. Para as fêmeas a altura ideal é de 1,46m, admitindo-se para registro entre 1,40 e 1,54 m.
A cabeça é triangular, bem delineada, média e harmoniosa, fronte larga e plana. Os olhos são afastados e expressivos, grandes salientes, escuros e vivos, pálpebras finas e flexíveis. As orelhas móveis, paralelas, bem implantadas e dirigidas para cima.
Em relação a pelagem, é validada qualquer tonalidade, exceto, branca despigmentada. Os cascos são médios escuros e arredondados. São animais com aprumos corretos.
São cavalos de sela por excelência, perfeito para passeios, cavalgadas e trabalho com gado. A marcha batida ou picada, é a andadura natural. A marcha é de baixa velocidade, simétrico e a quatro tempos.
Por fim, o galope é de média velocidade, andamento saltado, assimétrico e a três tempos.
Foto de capa Por Fábio Vidigal – Arquivo do Rancho Haras Quitumba, CC BY-SA 2.5.
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