Produção de carnes deve crescer 35% em dez anos
Confinamento | 28 de junho de 2013Produção deve atingir 9,3 milhões de toneladas no período, conforme relatório apresentado pelo Ministério da Agricultura. Mercado interno deve ser principal responsável por resultado, mas há expectativa de crescimento nas exportações
A produção de carnes – bovina, suína e de aves – deve crescer 35% nos próximos dez anos. A projeção foi apresentada nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério da Agricultura, e integra o relatório Projeções do Agronegócio – Brasil 2012/23 a 2022/23. De acordo com o estudo, o responsável pela expansão será o crescimento do consumo, sobretudo interno.
Pelas previsões, em relação aos números deste ano, 9,3 milhões de toneladas de carnes serão produzidas no país em dez anos, com o total passando de 26,5 milhões de toneladas para 35,8 milhões de toneladas. Quanto ao consumo de carnes, o relatório projeta aumento de 3,6% ao ano, no período 2013-2023.
As carnes fazem parte de uma cesta mais diversificada, que começa a se formar com o aumento de renda das populações, tanto da população mundial quanto da população local, disse o coordenador geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques. “O produto está diretamente relacionado ao aumento da renda: se a renda cresce, sobe também o consumo de carne”, explicou Gasques.
O relatório do Ministério da Agricultura estima papel importante do mercado interno no aumento da produção de carnes. Pelo estudo, 58,8% da produção de frango serão destinados ao consumo interno no período avaliado. Do total de carne bovina produzida, 75% irão para o mercado interno. Quanto à carne suína, 82,3% serão destinados ao consumo local.
No que diz respeito à exportação, as projeções indicam aumento de 13,7% a 59,5% para o frango, de 28,9% a 110,5% para a carne bovina e de 29,4% a 87,3% para suína. O relatório mostra que os principais compradores deverão ser os Estados Unidos, seguidos de países africanos, da Rússia e do Japão.
O relatório vê possibilidade de crescimento nos demais setores do agronegócio: a produção de grãos deverá passar de 184,2 milhões de toneladas em 2012/13 para 222,3 milhões em 2023, com potencial de produção que pode chegar a 274,8 milhões de toneladas. Isso significa um acréscimo à oferta entre 20,7% e 49,2% na próxima década.
A área plantada de grãos deverá expandir-se entre 8,2% e 30,3%, passando de 53 milhões de hectares em 2013 para 57,3 milhões de hectares em 2023. De acordo com o relatório, no limite extremo, a área plantada iria para 69 milhões de hectares. Já a área total plantada com lavouras deverá passar de 67 milhões de hectares em 2013 para 75,5 milhões em 2023.
“Queremos superar o que está aqui nas projeções”, disse o ministro da Agricultura, Antônio Andrade.
Segundo o ministro, o aumento na produção decorre principalmente pelo aumento da produtividade, e não das áreas de cultivo. Isso significa que o produtor está preocupado com a sustentabilidade, o que, para o ministro, é positivo. “Aumentamos pela produtividade, e não pelas novas áreas, isso nos dá uma tranquilidade muito grande”, disse Andrade
Fonte: Agência Brasil
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