Como manter estratégias nutricionais eficientes durante a transição águas-seca?

Dúvidas do pecuarista | Nutrição | 3 de abril de 2025

Com a chegada do outono, os sinais da transição entre o período das chuvas e o início da seca começam a aparecer no campo. Esse momento, conhecido como transição águas-seca, marca uma mudança climática significativa.  Sendo assim, as chuvas tornam-se mais escassas, a temperatura média diminui e, com isso, a pastagem — base alimentar dos rebanhos — começa a se transformar. Para a pecuária, os reflexos são imediatos e exigem atenção.

É nesse intervalo entre o fim das chuvas e o início da seca que os pecuaristas observam a queda na qualidade nutricional das plantas. O fenômeno demonstra maior intenciade especialmente no Centro-Oeste brasileiro. A diminuição da água disponível no solo afeta diretamente a estrutura e composição das forrageiras. As gramíneas perdem valor proteico e acumulam mais fibra. Dessa forma, dificulta a digestibilidade e reduz a capacidade do animal de converter alimento em ganho de peso ou produção de leite.

“A planta além de diminuir a concentração dos nutrientes passa a retê-los em uma porção menos digestível da fibra, o que compromete o desempenho pleno dos ruminantes”, explica Cleisy Ferreira, doutora em Zootecnia e especialista em nutrição de ruminantes da Real H.

Cleisy tem ampla experiência técnica e científica na área de nutrição animal. Ela já atuou em instituições renomadas como a UNESP e o Instituto de Zootecnia de Sertãozinho. Também possui vivência internacional em pesquisa pela University of Kentucky (EUA), com foco na motilidade ruminal e efeitos de micotoxinas. Atualmente, integra o time da Real H – Nutrição e Saúde Animal, atuando na formulação de rações, suplementos e no suporte técnico a produtores e representantes comerciais em todo o país.

Transição Águas-seca: Como manter a produtividade?

às vezes, para reduzir os impactos desse período, algumas estratégias de manejo têm se mostrado eficazes. Entre elas, a vedação de pasto — retirada dos animais de determinadas áreas entre 40 e 60 dias antes do início da seca — é uma das mais recomendadas. A prática permite o acúmulo de massa de forragem e a preservação da rebrota, especialmente em cultivares como braquiárias e tiftons, mais adaptadas ao processo.

Por outro lado, o manejo de pasto por si só não basta. Por vezes o ajuste nutricional é fundamental para complementar a oferta de nutrientes em um momento em que o mesmo já não entrega o necessário. “É aí que entra a importância de uma suplementação adequada, com produtos que ofereçam proteína de forma estratégica e que dialoguem com a composição química e estrutural da planta disponível naquele momento”, pontua a especialista.

Tecnologias Real H

A Real H defende uma abordagem consultiva, em que o plano nutricional é personalizado de acordo com a realidade de cada propriedade. Ou seja, Suplementos minerais adensados e proteicos — com diferentes níveis de consumo — são desenvolvidos com tecnologias que favorecem o sincronismo entre proteína e energia, otimizando a digestão no rúmen e no pós-rúmen, além de contar com aditivos homeopáticos que aumentam a eficiência na absorção e conversão dos nutrientes em desempenho.

“O investimento em tecnologias nutricionais não é um luxo, é uma necessidade. A seca não precisa ser sinônimo de perda. Com o suporte técnico adequado e produtos que entregam resultados, é possível manter o ritmo de produção e saúde do rebanho durante todo o ano”, reforça Cleisy.

Por fim, para os pecuaristas interessados em se antecipar aos desafios da transição, o caminho começa pelo diálogo técnico. Consultores da Real H estão preparados para visitar as propriedades, compreender os objetivos do produtor e indicar as soluções mais eficazes para manter a produtividade em alta mesmo nos períodos mais críticos do calendário pecuário.