Tristeza Parasitária Bovina: como identificar e tratar

Guia de Doenças | 25 de outubro de 2016

A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é uma doença infecciosa parasitária, tendo como agente etiológico dois parasitas: uma riquetsia do gênero Anaplasma (Anaplasmose) e um protozoário do gênero Babesia (Babesiose).

O choque econômico desta enfermidade está relacionado com a diminuição da produção de carne e leite, gastos com medidas preventivas, quando há a introdução de animais de áreas livres em áreas endêmicas, por causar infertilidade temporária do rebanho bovino.

São parasitas que vivem e se reproduzem dentro das células vermelhas do sangue (hemácias) e que destroem as mesmas a cada ciclo de multiplicação e, por isso, causam anemia intensa nos animais afetados. O vetor mais comum destes parasitas é o carrapato. No entanto a transmissão pode também ser feita pela mosca hematófaga Stomoxys calcitrans, por mutucas e mosquitos.

Normalmente os bezerros estão protegidos pelo leite de colostro, cheio de nutrientes e anticorpos, o que garante a imunidade, um tipo de vacina natural. Depois disso podem ficar doentes ao entrar em contato com os carrapatos.

Sinais clínicos

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Os sinais clínicos apresentados pelos animais afetados pela TPB começam com um quadro de intensa apatia e prostração; as mucosas do olho, boca e vulva apresentam-se intensamente pálidas ou amareladas, indicando anemia ou icterícia, respectivamente; anorexia e emagrecimento; febre alta (acima de 40°C); pelos arrepiados e ásperos; urina com cor de chocolate (hemoglobinúria).

Nos casos de babesia causada pela B. bovis, os animais irão apresentar sinais neurológicos, especialmente relacionados à locomoção, como andar cambaleante, incoordenação, principalmente dos membros posteriores; tremores musculares; agressividade e quedas com movimentos de pedalagem, evoluindo para óbito dentro de 3 dias.

Tratamento

Para se indicar um tratamento adequado contra a TPB é preciso observar alguns pontos:

  • Realizar o diagnóstico precoce da doença. Os animais devem ser examinados constantemente e ao encontrar um bovino doente, todo o rebanho deve ser avaliado de maneira mais criteriosa;
  • Começar um tratamento o mais rápido possível – assim como estabelecer um protocolo adequado de tratamento;
  • Seguir as indicações de bula no que diz respeito à dosagem dos medicamentos e vias de aplicação;

Normalmente as técnicas de controle e prevenção de infestações são realizadas por meio de banhos carrapaticidas que, muitas vezes, apresentam insucesso por causa da resistência desses parasitas aos carrapaticidas convencionais. O que mostra a necessidade de encontrar outras técnicas mais eficazes, a fim de se obter resultados satisfatórios.

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Homeopatia

Atualmente a prática da homeopatia tem ganho espaço nos programas de controle da Tristeza Parasitária Bovina. A ação do Carrapat 100, no caso dos carrapatos em bovinos, ocorre pelo estímulo das defesas do hospedeiro e age interferindo na alimentação e desenvolvimento dos carrapatos. Desta forma ocorrerá oviposição com eclosão, porém ao longo do tempo, cada vez em números mais reduzido.

É importante salientar que calor e umidade intensos favorecem a eclosão dos ovos e o ataque de formas jovens nos bovinos. Estes ‘‘ataques’’ por vezes são muito intensos e podem superar a capacidade de resistência orgânica dos animais. O fornecimento constante do produto permite obter uma situação de equilíbrio entre a população de carrapatos na propriedade e em decorrência disto também se obtém redução no uso de produtos químicos convencionais, promovendo-se gradualmente um ajuste ecológico e uma diminuição da resistência dos carrapatos às drogas, melhorando sua eficácia quando se tornar necessário seu uso.

Está indicado em propriedades com gravíssimos problemas de resistência e deve ser utilizado como auxiliar dentro de um programa amplo de controle, até que a ecologia da propriedade se restabeleça, quando pode ser associado, em sequência Parasit 100, maior controle de carrapatos e moscas do chifre.

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